Você sabia que...

"O ator usa a mentira para expressar a verdade. O político usa a mentira para esconder a verdade."







domingo, 23 de maio de 2010

O CIDADÃO INVISÍVEL

A vida é cheia de surpresas. Tudo parece estar indo bem, quando de repente tudo desanda e as coisas pioram. A gente então se aborrece, entra muitas vezes em depressão e chora. Mas, na maioria das vezes, nós acabamos superando as adversidades no final de tudo.
Outras vezes acontece o oposto. Tudo parece não estar dando certo, mas alguma coisa acontece no caminho, e... Pum! No fim tudo acaba se ajeitando. 
Assim é a vida, cheia de altos e baixos. 
Viver, para muitos, é uma forma de sobreviver. Viver, para alguns sortudos, é uma verdadeira bênção. A vida não escolhe quem vai seguir assim ou assado. A vida é feita de possibilidades. A sorte muitas vezes faz parte do cotidiano sem que a pessoa se dê conta disso. 
Mas o que é 'sorte' afinal?
Acaso do destino. Benevolência. Inverso do azar... A sorte tem muitos adjetivos, mas uma única explicação: sucesso!
Pessoas de sucesso têm uma dose de sorte na vida para conseguirem chegar lá. Até conseguem chegar sim, por méritos próprios, ao sucesso. São de fato merecedores dele. E o interessante é que essas pessoas de sucesso jamais admitem que tiveram um pouco de sorte em sua conquista. E o que uma boa dosagem de sorte não faz para que se obtenhamos rapidamente o tento final? 

Costumam dizer por aí que os famosos têm os holofotes voltados para si, e que as pessoas simples (a esmagadora maioria dos mortais) são mero reflexos de uma vida comum, sem fama ou reconhecimento público. Essa últimas, as pessoas comuns, muitas vezes se confundem com o ambiente em que vivem. Passam por uma espécie de "metamorfose" onde os olhares não conseguem enxergá-los.

O que dizer então daquelas pessoas que infelizmente estão um degrau abaixo das pessoas comuns? Aquelas que você passa e não vê, porque estão muitas vezes sob seus pés, buscando uma forma de sobreviver ao caos urbano? São essas pessoas invisíveis que deveriam servir de exemplo para aqueles "imortais" que muitas vezes se esquecem que são tão humanos quanto eles, os invisíveis e os de menos expressão. Deveriam também servir de exemplo para as pessoas simples, que só conseguem olhar para cima, para seus ídolos, e se esquecem de olhar para baixo, para aqueles que estão sempre esmagados pela indiferença da sociedade. Mas a culpa não é pura e simplesmente da sociedade. A culpa vem lá de cima, dos Três Poderes, que ditam e executam regras e normas para o cidadão, mas se esquece sempre do "cidadão invisível". 

As pessoas invisíveis só passam a existir, ter importância real, para essas pessoas políticas quando chegam as eleições. Apesar de invisíveis, eles têm um ponto em comum com todas as esferas da sociedade: eles têm um título de eleitor. 

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MEU GRANDE AMIGO

Bope, meu filhote


Normalmente comemora-se, no Brasil, no dia 20 de julho, o dia do amigo. Em alguns países, o dia do amigo é considerado uma data oficial - no Brasil não é -, e parece que esse dia foi criado na, acreditem!, Argentina. Mais precisamente em Buenos Aires, por um hermano chamado Enrique Ernesto Febbraro. O decreto lei nº 235/79 oficializa esse dia do amigo como uma data importante na Argentina. Tranquilo.

Em primeiro lugar, nosso melhor amigo(a) somos nós mesmos. Que isso fique bem claro como a luz do dia. De que adianta gostar de alguém se a gente não gosta de nós mesmos? Amizade é mais ou menos como um meio-irmão, meio-pai ou mãe, meio-tudo eu quero dizer. Um amigo só é amigo quando um doa e completa a outra parte que falta na amizade do outro. Mas os dois serão completos. Sempre serão a metade um do outro. O completo é outro departamento. É mais intenso. Tem mais liga. Está num nível acima da amizade. Vocês já devem saber a que estou me referindo, né? Enfim...

Rubem Alves uma vez escreveu: "Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos". 
A amizade é o princípio do gostar, do amar. Gostar de alguém é o prelúdio que cerca a boa harmonia do conviver e culmina com uma possível e gratificante companhia.
Eu particularmente gosto dos meus cachorros tanto quanto dos meus amigos. Às vezes até mais deles, cachorros. Quando digo isso, muitas vezes eu choco aquelas pessoas que infelizmente têm uma visão pequenina da vida. Uma visão definitivamente linear. Animais fazem parte da nossa vida, sempre fizeram. São seres vivos que pertencem a um sistema complexo que se chama UNIÃO. Os animais sempre tiveram e ainda têm uma grande importância na vida das pessoas. Eles nos alegram e nos divertem. Como bons amigos fiéis, eles são totalmente dependentes dos seus "donos". Se estamos felizes, eles estão felizes. Se estamos tristes, eles sempre nos recebem com felicidade, pois desconhecem a tristeza e a dor. Animais não têm maldade em sua cabecinha e nem arrogância em seu peito. São amigos pelo simples prazer de uma companhia às vezes negada, infelizmente, por muitas pessoas por aí. Mas eles não esquentam para isso não..., porque eles simplesmente amam incondicionalmente os seus "donos". Animais não são vingativos, pois não guardam mágoa de quem um dia os maltratou. Não diferenciam rico de pobre e nem bom de mau. Vivem para aqueles que sabem amá-los e temem aqueles que os maltratam, mas os animais não repudiam seus opressores. Eles abanam a cauda quando os veem. 

Ouvi sempre alguém dizer que animais são desprovidos de inteligência e que o ser humano é quem dita as regras por aqui. Puxa vida... roubar, matar, seviciar, violentar, enganar, invejar, denegrir e outras tantas coisas ruins que conheço e que fazem parte única e exclusivamente da natureza humana é uma forma de inteligência? Acho que a gente devia rever isso e tentar ser um pouco mais parecidos como os nossos queridos cachorros. 

Por isso, eu dedico esse texto aos meus "filhotes" de quatro patas. Meus grandes amigos e que fazem a mim e minha esposa muito felizes por saber que os temos por perto. E também, acima de tudo, saber que temos ao nosso lado seres vivos que jamais irão nos passar a perna quando virarmos de costas e formos dormir. 

Focinhos gelados e corações quentes. 

quarta-feira, 19 de maio de 2010

ANJOS DE MÁSCARAS

Já reparou como o ser humano é diferente um do outro? Essas diferenças é que fazem com que as pessoas ajam e se vistam de forma singular (ou extravagante). É isso que acho bacana no ser humano: a diversidade das pessoas.

Conheço algumas pessoas que são aparentemente bem transparentes. Quase dá para identificar por trás do seu olhar um pouquinho da sua vida pessoal. São pessoas que, quando você olha para elas, sente momentaneamente uma espécie de "paz". Elas têm uma harmonia de espírito, por isso exalam essa energia pura. 
Entretanto, existem outras pessoas que a simples presença nos traz desconforto. Causam uma espécie coceira irritante em nosso espírito. São do tipo de pessoas que carregam em suas costas problemas mal resolvidos de sua vida pessoal, e, como um ímã gigante, atraem mais e mais problemas para si reverberando em suas baixas energias. Aliás, esse tipo de pessoa não emite energia. Ela suga as energias das pessoas ao redor. Embora se esforcem para serem agradáveis, sua baixa energia repele os sentimentos positivos dos outros. Mas elas tentam mesmo assim, e isso é o que conta no fim.

Existem, porém, aquelas pessoas que usam uma camuflagem pessoal. São os "anjos de máscaras" que escondem - ou tentam esconder - sua verdadeira face. Não aparentam o que são na realidade. Vivem por trás de pseudo aparências montadas em máscaras que elas mesmo criaram. Essas pessoas podem até ser boas ou más por natureza. Sabe aquele amigo ou amiga sua que você adora, mas que as pessoas sempre dizem que a acham "antipático(a)" quando o(a) conhecem? Pois é, muitas vezes essa pessoa tem uma timidez tão grande, mas tão grande, que passa a impressão de ser uma pessoa antissocial. Ela usa sua máscara para camuflar sua timidez. Tem também o oposto: aquela pessoa que você acha sensacional, que te bajula o tempo todo, te chama de "meu amigo" ou "minha amiga", mas que no fundo é uma pessoa muito, mas muito invejosa. Algumas delas detectam por trás da sua máscara a sua verdadeira realidade. Sabem se você é uma pessoa vulnerável ou não. Se vale a pena investir em você para roubar-lhe o que tem de mais precioso: sua saúde. Muitas pessoas, como você, acabam sendo enganados por esse tipo de gente e você só descobre, bem mais à frente, que foi enganado por essa pessoa. Às vezes é tarde demais para consertar o estrago que foi feito.

A vida é feita de escolhas, por isso mesmo ela é deliciosamente perigosa. Para se escolher o que é certo e o que é errado na vida, a gente tem que se machucar mesmo, aprender com nossos próprios erros e acertos. Tem que se conhecer a sombra das pessoas e aprender a confrontar seus egos. E a gente só conhece convivendo. 
Todos somos diferentes e ao mesmo tempo parecidos. Temos muitas vezes os mesmos desejos e sonhos. Vivemos vidas semelhantes e pensamentos afins. Divergências também fazem parte do nosso cotidiano.
 
Mas, lembre-se: reserve sempre uma atenção especial para os "anjos de máscaras".





sexta-feira, 14 de maio de 2010

O QUE ME ABORRECE

Quer coisa mais chata no mundo do que acordar cedo? Isso sim me irrita.
Pois é, eu simplesmente odeio ter que levantar cedo da cama para fazer algo. Mas isso não significa que eu seja do tipo que faz "corpo mole" ou coisa parecida. Eu posso até demorar a sair da cama, mas quando me levanto, começo a fazer tudo aquilo que me proponho a fazer. Sou assim.

Muitas coisas nos irritam, mas uma delas, e que considero a mais chata dentre as chatas pela qual sou obrigado a passar, é o famigerado "horário político". Cara, a gente liga a tv na expectativa de curtir um programa bem legal e dá de cara com aquela "propaganda política obrigatória". E quanto mais próximo das eleições, maior é o assédio na telinha. Eu, particularmente, já estou cansado de ouvir os mesmos blás blás blás de sempre, com as mesmas caras de sempre, seus sorrisos falsos estampados em suas caras de pau, prometendo as mesmas coisas de sempre. 
Se horário político fosse bom não seria obrigatório, vamos combinar.

Outra coisa que me tira do sério é quando a gente está conversando e um sujeito começa a falar com os dedos. É mais ou menos assim: a pessoa conta uma coisa, cutuca você com o dedo. Conta outra coisa, cutuca de novo. Caraca! Dá a maior vontade de quebrar aquele dedinho que fica cutucando o braço da gente. Fala sério, não dá? 
Irritante!!
Outro dia desses me lembrei de uma coisa que me irrita profundamente. Quando eu era adolescente, tinha um parente que adorava contar uma piada. A pessoa começava a contar a piada, mas ria dela antes de terminá-la. Depois simplesmente não conseguia completar a piada, porque começava a rir de novo e aí perdia a respiração. Ficava meio que "pipocando" enquanto falava. Eu e as pessoas que faziam parte do grupo ficávamos olhando um para o outro com ar de "que merda é essa?". A piada perdia totalmente a graça no final das contas. E isso também irrita pra caramba!
Coisa irritante também é quando a gente se depara com um(a) amigo(a) que acha que sabe mais do que todo mundo sobre todos os assuntos. Cara chato! Ou aquele sujeito que acredita piamente que sua religião é a melhor do que todas as outras que existem. O "dono da verdade absoluta". Isso... é... bem... chato! Sujeito fica falando, falando, falando sem parar e não diz nada de concreto. Sem nenhum conteúdo. Ou piora tudo quando você faz um simples comentário discordando do assunto em questão... Hummmm, putz! Ferrou! Lá vem mais ladainha. 
Gente lerda; horário do brasil na rádio; fila para qualquer coisa; gente querendo levar vantagem; pessoas arrogantes; pessoas vitimistas; o sabichão; choro de criança fazendo pirraça; adulto fazendo "bilú bilú" com aquela voz afetada quando vê um bebê; gente chupando o dente depois de comer; maus tratos aos animais; fofocas; celular tocando em cinema ou no teatro; "posso dar uma palavrinha?"; ignorância; funk (música); "já chegou? já chegou?" e um milhão de coisas mais que me aborrecem e com certeza aborrecem as pessoas de bom senso também. 
Ufa!
Olha, vou te contar... que texto FDP esse, hein? Me irritou!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PSICOPATA, O INIMIGO PÚBLICO

Eu curto cinema. Adoro assistir a filmes de romance, ação e outros tantos filmes que abordam temas fortes e inteligentes. E foi um desses filmes que me chamou a atenção: Garota Irresistível, de George Hickenlooper. Um filme bem antigo e que pode ser facilmente encontrado nas locadoras ou baixados pela internet.
Bom, mas vamos ao filme. 
 


Garota Irresistível é um filme é baseado em uma história real, em que uma garota da alta sociedade americana, Edie Sedwick (Sienna Millar), conhece um diretor decadente e termina se envolvendo com ele, Andy Wahrol (Guy Pearce). Ela passa a frequentar as festas e baladas juntamente com Andy. Andy por fim a convida para estrelar alguns filmes que ele próprio irá dirigir. Ela aceita. Assim então, os dois tornam-se grandes amigos e confidentes. Edie topa encenar os filmes para Andy sem receber nenhuma ajuda financeira por isso. Nem precisa, afinal ela acredita na amizade pura e intensa entre os dois. 
O tempo passa, as festas cada vez mais e mais ocorrem na vida de Edie e Andy, até que, por fim, o inevitável acontece. Edie se envolve com as drogas, apresentadas a ela por Andy, claro. Então começa o declínio da sua vida. Nesse momento da trama surge um terceiro personagem, um cantor bem-sucedido que acaba se apaixonando por Edie.Os dois têm um envolvimento amoroso. 

Sentindo-se rejeitado, Andy inicia um plano para desmoralizar Edie, com o intuito de descartá-la depois. Só que Edie não consegue enxergar isso, pois ela só vê o lado bom no relacionamento que tem com Andy. 

Já no fim do filme, o então namorado de Edie é convidado por Andy para um teste para um filme seu. O clima fica tenso quando o cantor e namorado de Edie chega ao estúdio para fazer o teste com Andy. Ele desdenha de Andy e deixa o estúdio acompanhado de Edie, que irritada o repreende pelo ocorrido. Vendo-se numa sinuca de bico, onde tem que optar pelo namorado ou pelo amigo, Edie escolhe Andy, terminando assim o relacionamento com o namorado. 


O filme segue até que, por fim, mesmo sabendo que Edie o havia escolhido, Andy a abandona deixando-a a mercê das pessoas que a levaram as drogas e que a sustentam no vício usando e abusando dela. Nem a família de Edie quer acolhê-la, apesar das várias súplicas que ela faz. Andy finalmente consegue o que queria.  

O filme termina com a morte trágica de Edie Sedwick, aos vinte e poucos anos de idade, por uma overdose letal. A jovem Edie morre logo após ter se casado com um paciente de uma clínica de reabilitação, local onde ela permaneceu por dois anos internada. 

Essa história baseada em fatos reais é muito comum na vida das pessoas que se envolvem com psicopatas. Aquelas amizades que consideramos puras e que aconteceram rápidas demais, onde sempre enxergamos as qualidades das pessoas que conhecemos e gostamos, muitas vezes pode ser o prelúdio de uma trama arquitetada por um psicopata.

Devemos saber, e lembrar sempre, de que um psicopata não tem sentimentos, não tem moral e nem se importa com os sentimentos das pessoas. Ele, e somente ele, é o centro do seu universo. Um psicopata não guarda raiva e nem amor por você, simplesmente porque ele não tem emoções. Muito pelo contrário, por não ter emoções, um psicopata, inconscientemente vampiriza as emoções das pessoas, brincando e jogando com suas vitimas. Jamais duvide disso.


Os psiquiatras afirmam: psicopatia não tem cura, portanto, seja cauteloso e cultive suas amizades sem se tornar escravo delas. Você pode ser vítima de um desses elementos sem se dar conta disso. Não que eu esteja aqui dizendo que as pessoas devam ser distantes das outras, não, jamais! Estou dizendo que devemos procurar um meio-termo para nossa carência emocional. Seja solícito, mas nem tanto...


Para um maior esclarecimento sobre isso tudo, sugiro a leitura do livro: "Mentes Perigosas, o psicopata mora ao lado", da escritora e médica psiquiatra Dra Ana Beatriz B. da Silva, pela editora Fontanar. Uma boa dica para quem não sabe lidar com seus próprios sentimentos e acaba sempre machucado ao fim da história.

domingo, 9 de maio de 2010

QUAL A SUA MÚSICA?







Dica: Fica legal ouvir a música enquanto você lê o texto.



Todos nós temos uma música que consideramos "aquela música favorita". Viajamos na imaginação quando paramos e ficamos ouvindo sua melodia. Muitas pessoas até podem considerá-la "chatinha" ou mesmo "lenta" demais... Mas isso não importa, porque ela é a nossa música!


Cada um conta sua história através da música, e olha que isso não é coisa do mundo atual. Civilizações antigas já utilizavam a música como base nos rituais que faziam para seus deuses ou espíritos antigos. Nossos índios usam a música e a dança em seus rituais de cura, ou até mesmo para a prosperidade. Aliás, não existe dança se não houver uma música. São pares entre si que se completam.


A música, seja ela suave ou empolgante, sempre nos passa alguma mensagem positiva. Ela levanta o nosso moral.


A midia que postei acima, e que me foi enviado por uma grande amiga, demonstra com suavidade as experiências e sensações por que passamos. A melodia traduz uma saudade que ainda martela no peito de cada um, mesmo sabendo que o tempo, como se fosse uma grande vassoura, sempre irá varrer o passado das nossas vidas. Ah..., a música!


Música tem um efeito medicinal. Música reacende o amor. Música traz de volta as lembranças que muitas vezes pareciam ter sido perdidas nos jardins do nosso passado, escondidas por trás de algum arbusto ou árvore lenhosa. Música quase sempre nos faz rir. Em algumas oportunidades também nos faz chorar. Nos remete algumas vezes aquela cena daquele filme que a gente viu no passado mas não se lembra o nome... Mas nos lembramos muito bem a melodia!





Mas afinal, qual é a sua história? Qual a sua música?



sábado, 8 de maio de 2010

A ARTE DE VIVER A DOIS



















Quando conhecemos uma pessoa nos apaixonamos por ela, e, por fim, como dizemos algumas vezes, "juntamos os nossos trapos". Inicia-se então um processo chamado  convivência. Conviver a dois é complicado. Bem complicado mesmo, pois abrange a tolerância das manias de um e das cismas do outro. Cada um tem seu jeito particular de ser.

 Para um bom convívio, temos que se aprender a ceder um pouco. Acatar certas decisões que a gente na maioria das vezes discorda ou ignora. Mas afinal quem é perfeito, né? Corrigir também faz parte da arte da convivência. Observar, intuir, aconselhar... tudo isso engloba a boa convivência entre duas pessoas que se amam.


Mas tem um fator importante nisso tudo que é a base sólida para um bom relacionamento a dois: o respeito. Respeitar o espaço do outro é, e sempre será, o alicerce de uma convivência pacífica entre duas pessoas. Vejo muitos casais em crise, onde geralmente a decisão de um pesa em detrimento a do outro. Por exemplo, de forma inconsciente, e talvez até movido pela própria criação familiar, e nesse caso especificamente me refiro aos homens, há uma certa necessidade de "controle" da situação no relacionamento a dois. O homem como o "centro o poder" sente uma necessidade visceral de controlar o relacionamento. Normalmente ele não aceita críticas e na maioria das vezes se irrita quando sua companheira faz alguma sugestão que ele não concorde ou que vá contra suas necessidades. Isso, na maioria das vezes, leva a um caminho inverso do casamento (da união) e termina com a separação e aquele inevitável ódio entre as partes. "Meu bem, meus 'bens'". Cicatrizes aparecem no relacionamento. 



Há um pensamento que diz: "O ódio e o amor vibram na mesma intensidade". O amor que se tem por uma pessoa, pode, muitas vezes, repercutir num ódio de mesma proporção quando acontece a inevitável decepção. 
A decepção é um sentimento que faz parte da natureza humana. Assim como a alegria também. 



A arte de viver a dois é, acima de tudo, uma complexa engrenagem de sentimentos, tendo como combustível o respeito. Sem o respeito, a máquina não funcionará. Isso é fato. Mas se por  acaso essa máquina venha a funcionar, ela jamais levará o relacionamento muito longe assim. Ao longo do percurso, essa união sempre deixará um rastro de peças enferrujadas e sujas pelo caminho o qual percorreu, até por fim quebrar. Ao fim de tudo, restará apenas um sabor amargo que consumirá num fogo de ódio e decepção. Fogo deixa marcas muitas vezes indeléveis em nossos sentimentos; formará chagas que o tempo nem sempre se encarrega de curar.



Exija respeito e o dê também antes de embarcar numa vida a dois. Assim, você proverá sua vida com um relacionamento sadio e duradouro. Não deixará tanta sujeira no caminho por qual transitou a dois.
Hugo Costa

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PUSILÂNIME

Uma vez me deparei com a palavra "pusilânime", então pensei comigo: "Que palavra é essa?" Pusilânime, segundo o "pai dos burros", significa pessoa fraca, covarde, temerosa, desanimada ou que tem pouca energia. Em resumo: um pobre coitado...



As pessoas são providas de fragmentos de sentimentos soltos. De pensamentos e atitudes, que juntos formam uma espécie de mosaico pessoal. Esse mosaico por sua vez representa a personalidade de cada um. A personalidade exterioriza o nosso caráter pessoal. Ou seja, como nós somos. 

Os pusilânimes têm uma personalidade submissa, não têm atitude e quase sempre nem se preocupam com o que acontece à sua volta. Geralmente são vitimistas, gostam de se apegar como parasitas às pessoas de forte caráter e decididas. Tentam delas tirar algo que eles mesmos não têm. Um alimento vital que nutra sua pequenice.
Algumas pessoas os associam aos "vampiros", pois o que um pusilânime sabe fazer de melhor é "vampirizar" as pessoas. Um vampiro todo mundo já sabe, é um sugador de energia (sangue). Portanto, todos nós um dia podemos ser vítimas desses seres obtusos e pragmáticos. Tenha cuidado com eles. 


Dois exemplos típicos de pusilânimes clássicos, no meu entender, são o político e o líder espiritual. Os dois usam as fraquezas das pessoas para dominá-las; fazem promessas o tempo todo que sabem não irão cumprir; descobrem ardilosamente onde está o desejo mais reprimido da pessoa e ali se instalam como verdadeiros parasitas que são, sempre levando uma palavra e confortante amiga para sugarem delas aquilo que irá nutrir seus egos. São profissionais nessa arte, não duvidem disso. 


Por curiosidade, eu coloquei o nome "PUSILÂNIME" no Google e busquei em imagens. Adivinha o que apareceu salpicando a tela com vários ícones? Imagens de políticos e religiosos! Vá em frente, faça a mesma pesquisa. Você vai se surpreender.
É.., creio que não foi somente eu quem teve essa impressão.


Hugo Costa

terça-feira, 4 de maio de 2010

PERGUNTAS X RESPOSTAS


Até quando a gente suporta a pressão de uma responsabilidade?

Qual o limite entre a insensatez e a loucura?

Por que somos enganados por nós mesmos? Seria porque somos falhos por natureza?

O que é ser feliz e o que é estar triste?

A teimosia e persistência são mesmos os alicerces que faz com que o paradigma ande?








Perguntas e mais perguntas... E onde estão as respostas afinal?




É bem provável que estejam dentro da cabeça de cada um de nós.




NOSSOS MEDOS

O GRITO (Edvard Munch - 1893)

Todo mundo tem medo de alguma coisa na vida. Dizer o contrário ou é estar mentindo ou é fingir ser corajoso, o que no fundo é a mesma coisa. Fobia, medo, paranóia ou seja lá como for chamado esse sentimento tão comum, todos nós bem sabemos que o medo está presente em nossas vidas e principalmente em quase todas as religiões.
Medo é uma forma de controle da massa. Explicando melhor, o medo é uma forma de manter as pessoas sob controle efetivo quando bem usado. E essa técnica é uma forma ardilosa que muitas religiões se valem para controlar o ímpeto dos seus fiéis.:"Tendo o povo em suas mãos, o controle se torna eficaz", assim dizem os controladores de massa e maiores ditadores no mundo.
Qual é o seu tipo de medo? Porque certamente algum você tem. Medo de barata? Medo do escuro? Medo de morrer? Medo de doenças? Medo de envelhecer? Medo de assalto? Medo de muita gente? Medo de subir no palanque para discursar? Ou tudo isso junto?
O meu medo pessoal é o de envelhecer, perder a consciência, a razão. Ficar como aqueles velhinhos que têm aquela cara murcha e cheia de pregas ao redor. Fútil, eu sei, mas é meu medo, ora bolas. E esse medo que tenho vejo em muita gente por aí.
 
Mas no fundo mesmo, o importante não é o medo em si. O importante é saber como lidar com nossos medos; saber como os controlar. Assim como muitos o usam, controlam, para assim controlarem pessoas inocentes de espírito e bons de coração. Sabermos que nem sempre essa fobia pode nos atingir diretamente ao menos que a deixemos fazê-lo. 
Certa vez li num livro chamado "O Segredo" que nossos pensamentos funcionam como uma espécie de imã que "puxa" as coisas para nós mesmos. Por exemplo: Se pensamos "isso não vai acontecer porque tenho medo" é quando realmente acontece. Se você reparar, o medo está incutido nesse pensamento: "o simples medo de acontecer."

Por que sentimos medo afinal? Está aí uma boa pergunta. Realmente não sei dizer. Você até pode encontrar muitas vezes o "medo de morrer" como resposta imediata para essa pergunta. Mas muitas vezes as pessoas não tem medo da morte. Aí essa resposta se torna uma resposta vaga, furada.
 
Mas, e aquele medo que as pessoas têm de insetos, por exemplo. Não vai me dizer que, por acaso, uma baratinha de 5 cm irá surgir das profundezas para arrancar a sua cabeça com enormes e potentes garras serreadas?
 
E se não forem insetos? Se forem pequeninos lagartos,  como a lagartixa, por exemplo? Fico imaginando uma lagartixa abrindo sua enorme bocarra cheia de dentes envenenados correndo para lhe morder... Pode até arrancar uma perna ou um braço! Caramba, terríveis esses lagartinhos.
 
Venhamos e convenhamos..., somos todos vítimas de nossos próprios medos. Então, quando você sentir algum medo, por mais aterrorizante que seja, recorra a velha e infalível simpatia que a vovó lhe ensinou: feche os olhos, respire fundo e diga: QUE MERDA!




segunda-feira, 3 de maio de 2010

OUTONO DE NOSSAS VIDAS



Uma estação gostosa de se experimentar é o outono. Sabe aquela sensação de que já não é mais verão, mas também ainda não chegou o inverno? Pois é... é o outono. Essa charmosa meia estação divide o dia e a noite em igualdade. Por tal fato, o outono é também conhecido como Equinócio de estação ou equilíbrio.

Tons pastéis ditam a moda do outono. As botas das mulheres começam a sair dos armários; o casacão dos homens vestem tantos que passam a transitar em bares ou shoppings atrás de algo quentinho para beber. Um chocolate, talvez. Os chapéus e bonés começam a vestir a cabeça de muita gente vaidosa nessa época. As árvores derramam suas folhas amareladas sobre o chão formando um belo tapete natural dourado. O outono é uma estação serena, como o despertar numa manhã de domingo depois daquela curtição com os amigos.
 
Dizem que essa estação está associada ao "envelhecimento", porque as árvores parecem mais velhas com suas folhas descoloridas. Eu particularmente não acho isso. Vejo o outono como uma estação que transpira vida. Veste-se de cores novas. Cores como o marrom, por exemplo, que é considerada uma cor base para outras cores. Misture um peça de roupa marrom com vermelho ou verde ou branco, ou até mesmo o preto básico, você irá ver como ficam legais sobre o tom amarronzado. Aliás, marrom é a cor do chocolate. Pode também ser a cor do barro..., não, barro é avermelhado, com tons salpicados de marrom.. Veja só. Olha aí o marrom harmonizando por entre as cores!
 
O outono funciona como uma espécie "vestibular", onde você começará a decidir o que deverá vestir numa estação que irá chegar logo, logo: o inverno. E um fato deveras interessante é que no outono as pessoas procuram por roupas mais quentes, deixando de lado as roupas leves do verão que passou.
 
E para enfrentar o inverno que chegará, você tem que obrigatoriamente passar pelo outono e pela difícil decisão do que vestir. De dia o sol brilha, algumas vezes quente, outras vezes ameno. Porém a noite... A noite o frio começa a dar seu ar presencial nos obrigando a nos cobrir mais. Por isso essa bela estação tem suas particularidades, seu charme: o que usar num dia que sabemos iniciará de um jeito e terminará de outro? Cruel às vezes, irritante em outras. Um desafio a nossa criatividade e improvisação. 
 
Carrego sempre um casaco para o trabalho nessa época, que fica no meu carro para caso haja uma mudança brusca de temperatura ao longo do dia. Deixo aqui uma dica para quem trabalha de carro.
 
É isso aí, gente. O outono toma de assalto a nossa vida e nos ensina que tudo pode mudar de uma hora para a outra. O que é prazeroso pode se tornar frio, difícil. Temos que estar preparados para essas mudanças. Assim é a vida: uma hora a gente está feliz e radiante como o sol. Noutra triste ou amargurado como a lua que plana silenciosamente no céu escuro de inverno. Suas únicas companhias são as pequeninas estrelas que brilham tentando dar conforto a escuridão.
 
Seja bem-vindo outono das nossas vidas!




domingo, 2 de maio de 2010

PROCURANDO A PAZ INTERIOR



Nesse momento em que escrevo essas linhas, estou sentado exatamente sob uma mangueira que tenho no jardim da minha casa. Ela me proporciona uma sombra confortante e perfeita para se descansar e escrever. E por falar em jardim, hoje tomei coragem e acabei de limpá-lo. Às vezes é legal a gente fazer isso: limpar o nosso jardim.
Meu cachorro Bope, um Boxer, fica sempre a espreita só me olhando e imaginando o que estaria eu fazendo ali. Às vezes, o sacana chega bem mais perto de mim e me dá uma cheirada no braço só para se certificar se eu estou mesmo atento ou quem sabe talvez para me dizer: "estou por aqui, o. k.?"
 
Os mobiles - chama-ventos - que tenho pendurados na varanda, tilintam reclamando quando o vento passa por entre eles. Parecem trazer um pouco de vida ao silêncio. Tudo exala paz ao meu redor. Latidos ocasionais dos cachorros da vizinhança eu ouço ao longe, mas eles não me incomodam. O chilrear dos pássaros cruza sobre minha cabeça quando os pequeninos emplumados passam voando para pousarem nos galhos da mangueira ou dos outros arbustos que também moram no meu jardim.

Gente! Um tempo aqui! Porque meu cachorro acabou de implorar minha atenção! E olha que vocês nem imaginam o que ele faz para chamar a minha atenção. Quase desabei da cadeira.

Pronto! O tanque canino cansou e se deitou finalmente. Agora sim posso voltar a escrever depois, claro, que acabei de remover a baba do meu braço e limpei os arranhões da minha pele. Dá para se ter uma ideia agora, não é mesmo?

Enfim, buscar tudo isso, essa paz que a natureza gentilmente nos proporciona, é descobrir o seu próprio cantinho... Ufa! Paz afinal. E que bom que o meu cachorro dormiu! Dá para escutar seu ronco ao meu lado. E como ele ronca!

Voltando ao contexto, sugiro que você procure sempre limpar o jardim de sua vida. Aparar as arestas dos seus problemas caso não dê para arrancá-los pela raiz. Arranque de vez as suas manias. Regue os bons pensamentos para que eles cresçam e floresçam. Ouça a voz dos pássaros chilreando cheias de conselhos para você seguir ou não. Não deixe que os latidos que vêm de longe te chateiem, você é dono de sua vida e sabe, melhor do que ninguém, como deve vivê-la.
 
Vou ficando por aqui, porque meu Boxer acabou de despertar com o barulho da buzina de um carro que acabou de passar e me olhou com a língua de fora. Ponto, acabou-se a minha paz... Mas, isso não importa agora, pois eu sei muito bem onde encontrá-la de novo caso precise.

"Liberdade é o espaço que a felicidade precisa", encontre-a você mesmo.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O IMPÉRIO DA FARINHA



Você já reparou que quase tudo que a gente consome tem farinha de trigo, ou seja, contém glúten?

Você não acredita? Então pense em alguma coisa que você mais gosta de comer e leia nas letrinhas miúdas, que normalmente vêm atrás da embalagem, você vai ver que aquela delícia contém glúten.


Existem muitas pessoas que têm intolerância ao glúten, mais até do que imaginamos, e o glúten é uma substância que está presente na maioria das farinhas e derivados. Pessoas que têm uma predisposição genética ao glúten, podem deselvolver uma doença chamada "Doença Celíaca".

Mas o que vem a ser essa doença?

A doença celíaca se manifesta normalmente na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, e se caracteriza por um aumento do volume abdominal nas crianças, desnutrição e atrofia dos glúteos (do bumbum). Isso ocorre devido a uma alimentação rica em glúten, que está presente em alimentos como: papinhas engrossadas com farinha, biscoitos, pães, sopinhas de macarrão etc). Mas também pode acometer o adulto em qualquer idade.


Recentemente, eu e minha esposa cortamos drasticamente o glúten de nossa dieta e começamos a perceber as alterações positivas que estão acontecendo em nosso corpo. Em uma semana, por exemplo, sem redução drástica da quantidade de alimentos, apenas com o corte do glúten, ela perdeu em média 1 kg e 1/2. O resultado mais visível, segundo as pesquisas, se dá por volta do segundo ou terceiro mês de dieta sem glúten.

Mas infelizmente existem aquelas pessoas que dizem que não "conseguem viver" sem seu chopinho ou sua pizza. Tudo bem, o. k.! Então, gente, não fique lamuriando por não conseguir perder peso, nem tentando achar um culpado para sua preguiça, porque o problema não está em sua alimentação propriamente dita. O problema, nesses casos, estáItálico sim dentro de sua cabeça preguiçosa.

Carnes (brancas ou vermelhas), legumes, raízes, vegetais, frutas e uma boa atividade física são fatores importantes na vida de quem procura bem estar e principalmente saúde. Ingerir líquidos - água, principalmente - e respeitar o intervalo antes e depois da alimentação, também é uma boa dica para quem quer perder peso e gozar de boa saúde. Corte sua janta! Você não vai morrer se não comê-la... Substitua-a por uma boa e rica salada de frutas ou mesmo vitaminas. O jantar é um hábito que as pessoas têm desde muito, muito tempo. Decrete greve ao pão, ao macarrão, aos bolos feitos com farinha. Procure dicas na internet , elas estão ali para que você possa pesquisar e extrair todas as informações de que necessita.

E lembre-se, quando for espetar seu garfo naquela macarronada do restaurante italiano, saiba que no dia seguinte sua barriga ceramente estará inchada e cheia de gases... o glúten faz isso, sabia?

terça-feira, 27 de abril de 2010

COMO UM LOUCO

"Dizem que sou louco por pensar assim

Se eu sou muito louco por eu ser feliz

Mas louco é quem me diz

E não é feliz, não é feliz."


(Balada do Louco)



Às vezes sinto que posso voar. Outras sinto que estou tão comprimido, como uma mola recolhida, que ouço as batidas do meu próprio coração reverberando dentro da minha cabeça. Essas duas sensações nada têm a ver com loucura. São reflexos de uma vida agitada que começa, a cada dia que passa, engolir mais e mais o ser humano.

Trabalhamos feito máquinas, elaborando idéias, carregando problemas nas costas, e ainda temos que cuidar do nosso corpo e do espírito ao fim da árdua e muitas vezes longa jornada de serviço.

Uma perfeita loucura!

Já te disseram alguma vez que trabalhar é bom, mas que trabalhar em excesso é "coisa de gente maluca"? É mais ou menos por aí...

Sou daquelas pessoas que sempre curte um bom cinema, um teatro (de preferência uma comédia), uma praiazinha no final de semana, trilhas nas montanha e outros tantos lazeres que a vida nos proporciona. Sou um cara que gosta de sair com os amigos para um chopinho regado a um bom bate-papo informal, num bar que tenha uma musiquinha suave que dê pra gente conversar. Que adora dançar, passear de carro ou mesmo viajar para lugares tranquilos só para relaxar a cabeça de desanuviar a mente. Mas sei que tudo isso só é possivel com o trabalho.

Pessoas que só trabalham e não procuram no seu lazer a oportunidade de se divertir, desoprimir a mente, viajar literalmente na maionese, muitas vezes acabam doidinhas da silva, com traumas sociais e arrumam também alguns problemas cardíacos. Essas pessoas, sim, são as que acabam agindo como verdadeiros loucos sem se darem conta disso.

Ser um "maluco beleza", como nosso saudoso Raul Seixas dizia ser, é rir da própria desgraça, sempre acreditando que lá na frente tudo vai melhorar. Que as coisas que agora nos perturbam a cabeça, são meros fragmentos passageiros de um presente ominoso pelo qual passamos. Rir ainda é o melhor remédio para os problemas, mas rir de tudo pode ser um parcimonioso sinal de demência.

Se depositarmos, todos os dias, nossos pensamentos felizes num banco imaginário lá dentro de nossa mente, no final da vida estaremos ricos e loucos de alegria, pois somos senhores do nosso destino.

Sou um louco? Então lembre-se: a loucura depende muito do ponto de vista de cada um.





domingo, 25 de abril de 2010

COLHENDO BONS FRUTOS


Certa vez, um pedreiro que estava prestes a se aposentar, foi solicitado por seu patrão que veio lhe pedir que construísse uma última casa. Não tendo como recusar o pedido, afinal ele sempre fora um ótimo patrão, o pedreiro então aceitou esse último serviço. Mas não o fez de bom coração, afinal, já estava cansado de tanto trabalhar naquele ofício. Usando materiais de qualidade inferior, que instruiu seu patrão a comprar, ele finalmente ergueu displicentemente o imóvel. Assim que entregou sua última obra, ele foi conversar com seu patrão e pegar a tão desejada apodentadoria. Para sua surpresa, o patrão não só lhe deu a apodentadoria como também uma chave, dizendo: “Essa casa é uma surpresa que guardei. Ela é um presente que gostaria de dar a você”.
Envergonhado por ter feito uma obra de tão má qualidade, ele apanhou as chaves das mãos do seu patrão e seguiu para sua casa, cabisbaixo. “Puxa, se soubesse que a casa que iria fazer seria minha, eu teria usado materiais de melhor qualidade”, pensou ele, desolado.
A vida é mais ou menos assim. A gente às vezes contrói coisas erradas para nossa vida e depois fica se lamentando por não termos agido de forma diferente, de uma forma correta. Agir com sabedoria e inteligência em nossa vida é como plantar uma árvore frutífera num bom solo. Suas raízes se nutrirão bem e o frutos que iremos colher serão de boa qualidade.
Somos todos falhos, isso é um fato, e portanto passíveis de erro. Errar de forma inconsciente é uma coisa. Porém, errar de forma consciente é outra coisa, é agir como o pedreiro da história anterior. É construir um alicerce fraco que irá ruir com o mínimo impacto. Aprender com os nossos erros é uma forma de equilibrar os nossos acertos. Jamais devemos usar os nossos erros para nos tornarmos vitimistas e ficar se lamuriando por uma vida toda. “Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos”, diz um provérbio chinês, que se aplica muito bem ao que quero fazer-me entender.
Procure agir mais com a razão. Seja consciente naquilo que irá se propor a fazer. Caso contário, você irá colher frutos de péssima qualidade, ou pior, verá sua árvore perder as folhas, secar e ao fim morrer. E jamais terá o prazer de ter tido a oportunidade de saborear um fruto sequer de sua obra.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

LÁGRIMAS DE EMOÇÃO


Lágrimas e suspiros podem ser definidos de duas formas:
Primeira - A felicidade de uma pessoa apaixonada que acabou de ser pedida em casamento.
Segunda - A tristeza de uma pessoa que acabou de ser abandonada.
A felicidade e a tristeza são particularidades de sentimentos que caminham paralelamente, quase se tocando, num curso que parece não ter fim.
O infinito é o ponto de chegada desses dois sentimentos tão distintos mas ao mesmo tempo tão parecidos entre si.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O FILME DA NOSSA VIDA


Olhar para trás e ver o que aconteceu é mais ou menos como olhar para um filme que varia de acordo com a sinopse da vida de cada pessoa. Pode ser uma boa história de romance ou um filme pastelão. Pode ser um filme de terror, daqueles que arrepiam até nossa alma, ou mesmo de aventura, onde esportes radicais e romances avassaladores aconteceram. Nossa vida, muitas vezes, dá um bom filme hollywoodiano. Ou talvez um bom roteiro de um livro, que pode até virar um bestseller.

Pessoas simples com vidas simples já inspiraram muitos diretores no roteiro dos seus filmes. E renderam ótimos filmes, por sinal.

Como nos filmes, nossa vida real é repleta de mocinhos e bandidos - mais bandidos do que mocinhos. Finais felizes nem sempre são o contexto final do filme de nossas vidas, mas o romance está sempre presente neles. Quem não curte um romance? Tudo bem, você pode até preferir filmes de ação, suspense ou terror. Não estou excluindo isso quando falo de "romance". Mas, quem não se pegou alguma vez na vida olhando para uma garota (ou rapaz) e suspirando de paixão ou amor? Ah-há!

A vida é assim, porque sem o amor e o romance, a gente nem existiria afinal, não é mesmo? Esse papo careta de "crescei-vos e multiplicai..." já teve sua importância, se é que teve mesmo. Hoje, o papo é bem a cara da mudança de comportamento das pessoas: liberdade de opinião e cultura. Uma mistureba de ideologias que no fundo convergem para a mesma coisa, ou seja, opiniões similares ditas do jeito que cada um enxerga a vida, seu próprio filme.

Eu curto um bom romance, acompanhado de minha patroinha, claro... Minha vida em todo não é um romaaannnce, mas às vezes é legal ser romântico com quem a gente gosta, né? Doso também algumas pitadas de filme de humor, porque afinal, levar a vida que nem filme de ação ou terror, nosso coração não aguenta!

Então? Como é que é o filme da sua vida? Tem romance suficiente? Terror ao extremo?

Lembre-se que você é o diretor e roteirista do filme da sua vida. Somente você, e ninguém mais, pode escrever as linhas do roteiro cinematográfico, que irá te dar o Oscar final ou então virar um DVD que ficará descansando pro resto da vida em cima de uma prateleira de alguma locadora de vídeos qualquer. Esquecida no tempo, como um filme antigo de classe B.




segunda-feira, 19 de abril de 2010

O PODER FEMININO




"Se a mulher soubesse o poder que tem sobre os homens, ela seria a verdadeira dona do mundo".



Vamos ser sinceros, todo o homem, por mais que diga não, bata os pés e faça beicinho, já sucumbiu ante um olhar triste feminino ou aqueles olhos marejados que partem nossos corações. Atire a primeira pedra quem já não passou por isso.

A mulher, séculos atrás, era a detentora do conhecimento oculto e da cura. Curandeiras, bruxas, deusas e rainhas, a mulher sempre ocupou um espaço importante dentro da sociedade. Mas esse espaço seu, a cada dia que passa, torna-se mais submisso ao machismo e misoginia que começaram a reinar.

Reis, imperadores e até guerreiros, há séculos passados procuravam os conselhos das mulheres sábias antes de se venturarem em uma batalha. Pitonísias ou cartomantes, com eram conhecidas, essas mulheres sempre tiveram uma importância no contexto social e político das eras passadas. Eram as orientadoras ou oráculos femininos, como também passaram a serem chamadas.
Mas por que essa característica tão peculiar de poder que a mulher tem?

Para responder a essa pergunta nós devemos migrar tempos atrás, um tempo perdido na história e onde tudo começou.

As tribos primitivas enxergavam a mulher como um ser de elevado grau de conhecimento, uma deusa perfeita que tinha um dom sagrado que eles, homens primatas, não tinham: "a doadora da vida". Viam assustado seres minúsculos, idênticos à eles mesmos, sendo gerados do ventre da mulher. Essa característica por si só a tornava um ser diferente, evoluído, e todos os machos a respeitavam por isso.

Arqueólogos e outros pesquisadores descobrem, dia após dia, relatos desse poder feminino encontrados em artefatos ou em mitos celtas ou egípcios. A figura feminina, sempre em destaque nessas civilizações, é muitas das vezes representada por figuras arquétipos de deusas tais como: Morrigan, Hécate, Diana, Ísis e tantas outras deidades femininas espalhadas pelo mundo afora.

O poder matriarcal somente perdeu espaço quando a igreja se fez presente. E me parece que essa história começou com a idéia de um sujeito chamado Zoroastro (600 a. c.), quando ele quis dar uma explicação lógica para o "mal", dividindo a divindade em dois mundos: um de luz e outro de trevas. Posteriormente, essas idéias de Zoroastro iriam atingir não somente o cristianismo, mas o judaismo também. Essas religiões, ditas religiões tribais, onde havia uma infinidade de deuses e deusas, acabaram por absorver a nova ideia de Zoroastro, se não por vontade própria, mais à força. E dessa forma começou o declínio do poder feminino.

A história futura a gente bem conhece. Aos poucos houve uma inferiorização da mulher; houve a associação, na idade média, do feminino com o mal - período em que inclusive foi criado o Malleus Maleficarum, um livro extremamente misógino escrito por dois inquisidores no final do século XV. As mais de 500 páginas do Malleus continham os piores absurdos contra e especificamente a mulher da época.

Hoje, mesmo sem seus "poderes sobrenaturais", criados na fantasia masculina, a mulher ainda nos encanta e enfeitiça com sua beleza, charme e inteligência. O amadurecimento feminino na evolução natural é muito mais vísivel que o masculino. Isso é científico. Talvez por isso, por essa genética, a responsabilidade de ser mãe, a doadora da vida, caiba única e exclusiva ao feminino.

O poder feminino não se extinguiu com o passar do tempo, apenas se modificou. Assim como se modificam as cores das estações, como se modificam as luzes do dia, o poder também transmutou. Sofreu uma espécie de "metamorfose" para se adaptar ao mundo atual. Um mundo onde conjuga-se o verbo masculino através de Leis criadas ao longo dos séculos.

O poder feminino sempre existiu e sempre existirá, pois saiba que, se um dia o feminino faltar no mundo, a vida humana deixará de existir também.












domingo, 18 de abril de 2010

ENVELHECENDO

Olho no espelho e noto que alguns vincos surgem no canto dos olhos. Quase todos os amigos e amigas que antes topavam uma balada, hoje se desculpam de não poderem ir por causa dos filhos e até mesmo netos!
O antes tão ouvido "garoto" começa agora a ser substituído por "tio", dito pelos que estão começando a viver. O tempo é cruel. Não para nunca e não dá chances de a gente ficar um pouquinho mais de tempo com aquela cara de dezesseis ou dezessete aninhos que nós tínhamos.
Alguns mais otimistas dizem: "o que conta é a experiência de vida!", mas, puxa vida, eu conheço pessoas que têm quinhentos anos à minha frente e nada sabem sobre a vida.
O silêncio da vida vem com a idade avançada, assim como a paciência se vai também. Os ossos se quebram mais facilmente e a memória já não é mais tão boa assim. A visão?, pra que tê-la integralmente, se o que iremos ver no espelho é a degradação do tempo sobre nossa pele? Os cabelos...? ah!, os cabelos... Esses nem mais iremos nos lembrar, pois começarão a ficar alvos e ralos. Nos tornaremos um Sansão depois de Dalila.
E a vida segue.
Pessoas envelhecem solitárias. Pessoas envelhecem cercadas pela família, mas todas elas envelhecem.
O final dessa história todos um dia irão saber, porque todos caminham por uma única via que tem um fim igual. O relógio faz tic tac. O coração bate já cansado, se arrasta. As memórias já não condizem com o mundo atual, ficaram no passado, mortas pelo tempo que nunca parou. Os ídolos que existiram no passado, se repetem numa nova roupagem. A luta pela eterna juventude é limitada. Esbarra no alto preço das pesquisas que se traduzem em tratamentos milagrosos, igualmente caros, para tentar resgatar um mínimo de dignidade pessoal e auto-estima pessoal.
Envelhecer não é apenas um fator físico. Envelhecer é um fator psiquico, onde devemos buscar as melhores soluções para esse nosso envelhecimento mental.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

AS ÁGUAS DE ABRIL



"O ruflar das asas de uma borboleta no Hemisfério Norte desencadeia um tufão no Hemisfério Sul", diz a teoria do caos.
O Rio de Janeiro passa por seu pior pesadelo desde a década de 60, onde presenciou uma cena bem semelhante a essa.
As águas do mar, revoltas pela ressaca imposta por um tufão que passa bem próximo a costa fluminense, formam um cenário bem parecido com o filme "2012", exibido recentemente nos cinemas das terras tupiniquins. O filme - que teve um estrondoso sucesso de bilheteria - mostra o fim do mundo que acontece justamente no ano de 2012, ou seja, antes da copa do mundo no Brasil e das Olimíadas no RJ, e exibe cenas fortes em que o Corcovado - Rio de Janeiro, of course - é engolido pelas águas gigantescas.
Mas ficção é ficção e verdade é verdade.
Cenas desoladoras em que vítimas do descaso, e da falta de consciência própria, choram perdas irreparáveis de entes queridos e bens materiais, passam todos os dias nos meios de comunicação e jornais que circulam na cidade maravilhosa.
Mas de quem é a culpa? Dos governantes? Da própria população?
A culpa é de todos nós!
Os políticos desfilam em seus ternos de corte italiano (ou francês) alheios a tudo e a todos, dizendo simplesmente que "não poderíamos prever isso". Podiam sim, se tivessem um bom plano de governo voltado para a assistencia social e planejamento urbano. O povo xinga e diz que foi prejudicado pelo descaso das autoridades. Mas por que ele, o povo, quis morar justamente nas áreas de risco? Inocência ou esperteza para fugir de impostos etc?
A César o que é de César. Nem tanto para uns e nem menos para outros. A responsabilidade e a atitude de assumir que errou são coisas que a maioria das pessoas (e políticos) desconhecem ou fingem desconhecer. Atitudes incabíveis e vício de levar vantagem em tudo levam a um revés que culmina com dor e desespero.
Para se formar uma sociedade justa e para poder se cobrar dos maus politicos tudo aquilo que queremos, a gente tem que começar a nos reeducar novamente. Rever conceitos de "sociedade". Olhar nossa própria imagem no espelho e perguntar, em voz alta, para si mesmo, se somos responsáveis por nossos atos ou o delegamos a alguém?
Feito isso, então, talvez, comecemos a formar uma sociedade menos "lânguida" e mais "forte"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"Emburrecendo"



Certa dia, enquanto degustava de um prazeroso café, numa manhã de domingo ensolarado de verão, abri o encarte de um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro e me detive num assunto interessantíssimo: "Pessoas sensatas".

A autora do referido artigo foi muito feliz ao escrever que as pessoas ditas sensatas estão "desaparecendo" do nosso meio. Para exemplificar o escrito, disse ela que "as pessoas sensatas conheceram pessoas insensatas e desta união nasceram mais pessoas insensatas".

O que é a pura verdade!

Aproveitando a bela dissertação da colunista e escritora, peguei carona em sua idéia e decidi escrever aqui, nesse blog, um pouco da minha visão sobre isso que acabei de relatar. Mas vou trocar o termo "insensatez" por "emburrecendo".

Gente! Essa palavra, "emburrecendo", não existe no pai dos burros, o.k.?

A anti-cultura, o empobrecimento do espírito humano, a insensatez e a burrice mesmo!, estão, cada dia mais e mais, aflorando em nosso meio sócio-cultural. Não é tão difícil assim ver cenas de pessoas brigando por coisas aparentemente insignificantes ou mesmo tentando "levar vantagem" sobre determinado fato, sem se importar se aquilo irá ou não afetar outras pessoas. É o espírito da individualidade (insensatez) humana, ou do egoísmo, que cresce vertiginosamente em nosso meio.

As pessoas de hoje também não gostam muito de ler. E se lêem, não sabem interpretar o texto que têm nas mãos. Isso contribui, e muito, para a preguiça mental e consequentemente para a "emburrescência".

Por isso, talvez, essas mesmas pessoas prefiram um filme dublado ao legendado. Fica mais fácil de ouvir do que ler. Alguns alegam que não conseguem acompanhar a legenda, porque não enxergam bem ou porque simplesmente não conseguem mesmo ler e ver as cenas ao mesmo tempo.

Ou eu sou um superdotado que consigo trabalhar com os dois heminsférios do meu cérebro ou as pessoas estão ficando cada dia mais incultas. Ah! Um aviso para a galera que não enxerga bem.. Já ouviram falar em oftalmologista?

O pior é que esse vício pernicioso do não gostar de ler e buscar informações acaba sendo passado de geração em geração. Pais que não têm o hábito da leitura ou o estímulo do raciocínio, passam à frente os seus vícios. Isso acaba se tornando uma "bolinha de neve", em que passam-se os anos e as mesmas idéias fluem também.


Não sei se posso nutrir alguma esperança ao final desse caminho, porque, posso até estar delirando um pouco no que vou dizer, vejo alguns políticos com grande interesse na manutenção desse vício (gostei dessa colocação!) do não saber na população. Como assim? Simples... Educação caótica em que todo mundo passa mesmo sem a aprovação do professor; desrespeito ao próximo; falta de cultura, principalmente nas áreas de maior carência social; descaso e a ávida, quase visceral, vontade do povo de levar vantagem em tudo. Some tudo isso ao descaso dos governantes, que fazem vista grossa para tudo o que não lhes interessa. A falta de cultura impede o raciocínio, que impede o questionamento. Sem questionamento impera a passividade e a aceitação. Lutar contra esse sistema governamental decrépito e totalmente volado para interesses próprios, é dar soco em ponta de faca. Dói pra caramba!




Sinceramente... O mundo está "emburrecendo!"