Você sabia que...

"O ator usa a mentira para expressar a verdade. O político usa a mentira para esconder a verdade."







terça-feira, 29 de setembro de 2015

Um Rock in Rio que passou






Pois é, o Rock in Rio passou e deixou saudades. Considerada como uma das maiores festas mundiais de celebração a música, o Rock in Rio desfilou seu charme mais uma vez na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 2015, em que completava trinta anos de vida. Sonhos, explosões de felicidade, confraternização entre as pessoas, igualdade e fraternidade foram meros espectadores nessa festa que abrigou milhares de pessoas, centenas de artistas nacionais e internacionais. O público disputava cada pedaço  de chão no precioso espaço próximo ao palco, se fosse juntinho e agarrado a grade melhor ainda!, porque fã que se preze quer ficar o mais próximo possível dos seus ídolos. Gritos e choros, um misto de emoções explodiram com o público e transformaram  artistas em fãs dos seus próprios fãs. Muitos deles desceram dos seus pedestais para sentir de perto o calor do público, abraçá-los, beijá-los, curtir a festa com eles. Cantar com eles.
Valia tudo no maior festival do mundo!

Estive em três dias do Rock in Rio nessa edição. Já estive em outras edições passadas e confesso: até hoje, quando me perguntam "o que realmente é o Rock in Rio", eu não consigo defini-lo em palavras. Para tentar entender o que é - ou achar que seja - esse festival, é mais do que imperativo fazer parte dele, experimentá-lo, vivenciá-lo. Afinal de contas, o Rock in Rio não nasceu para ser explicado, o Rock in Rio nasceu, em 1985, para ser sentido.
Idiomas de diversos países se fundiram num "portunhol" bem gostoso, onde público e artista se entendiam perfeitamente. Mas para que se importar com a barreira da língua quando existe a música para traduzir tudo?

Alguns mais pessimistas - talvez invejosos, sei lá - criticaram o show dizendo que o Rock in Rio deveria se importar mais com Rock do que outro tipo de música. Que isso descaracterizava o evento em si. Tá, se o evento se chamasse "Rock and Roll in Rio" até teria sentido essa colocação. Mas não é, não é esse o objetivo do evento. O Rock in Rio não é um evento exclusivo de "Rock and Roll", até porque, Rock não é um estilo musical como Samba, Pagode, Funk, Charme, Pop, MPB etc. O Rock and Roll é, mas o Rock? Rock, no sentido da palavra, significa "pedra" ou "rocha". Para muitos, "rock" significa "agitar" ou "causar". E o evento abraça uma infinidade de culturas musicais, estilos de vida, religiões... Aliás, o Rock in Rio segue fielmente a ideologia do ícone maior dos roqueiros: a caveira. A caveira que significa "igualdade". Em resumo, a ideia dos roqueiros é de que a caveira é igual dentro de todas as pessoas. A caveira não tem sexo, religião, cor; não é baixa, alta, gorda ou magra. A caveira é única e igual a todas as outras dentro de nós.
E foi nesse espírito de igualdade que o Rock in Rio se despediu dos milhares que desfilaram sua felicidade pelos gramados próximo ao palco mundo ou pelo Rock Street, espaço onde uma cidade encantadora foi erguida especialmente para o evento.

Parafraseando um trecho da música do A-HA, banda POP Rock dos anos 80 que se apresentou na última noite do festival, eu digo para todos aqueles que ainda insistem em depreciar esse megaevento:

"TAKE ON ME"
"ME ACEITE!"

Aceitar as diferenças é menos doloroso do que tentar mudar algo que é imutável só porque você não entendeu ou captou o verdadeiro significado da ideia em si.  Reveja seus conceitos e seja mais feliz.

Take... on... me.
Take... me... on.