Você sabia que...

"O ator usa a mentira para expressar a verdade. O político usa a mentira para esconder a verdade."







domingo, 19 de maio de 2013

O QUE EU QUERO?






O que eu quero?

Quero tudo e ao mesmo tempo nada.
Quero amar e ser amado.
Quero respeito para poder respeitar.
Quero falar de tudo sem me importar com a opinião dos outros.
Quero rir. Chorar às vezes. Posso até chorar de rir, quem sabe?
Quero acreditar e ao mesmo tempo desconfiar de tudo e de todos.
Quero saber mais, conhecer mais, saborear tudo aquilo que a vida me dá e que me serve em pratos das melhores culinárias do tempo.
Quero um abraço. Não, eu quero abraçar.
Mas, o que na verdade quero, e todos também, é uma coisa que resume tudo isso:
"Quero ter sempre a minha liberdade".


quarta-feira, 1 de maio de 2013

SABEDORIA INDÍGENA



"AHO MITAKOY ' ASSIN"
(Por todas as nossas relações)


Os índios têm uma grande sabedoria por serem filhos da Natureza. São seres livres. Mentes sempre abertas ao conhecimento. Nós, pessoas ditas "civilizadas", não temos uma mente assim tão aberta quando o índio. Nós somos seres providos com uma visão linear, fechada, como se usássemos antolhos. 
Fiquei sabendo disso numa palestra ministrada em minha cidade, por um sujeito que conviveu boa parte de sua vida junto aos índios nativos. Aprendeu seus costumes e sua religiosidade. Confesso fiquei surpreso com sua explicação. Depois disso, comecei a olhar com outros olhos o real sentido da vida.
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Disse-lhe o índio: 
"Vocês, homens 'civilizados', têm uma visão completamente diferente do mundo em comparação a nós, índios. Essa diferença entre nossos pensamentos é fácil de se explicar. E a explicação está simplesmente baseada no modo de vida de vocês. O índio nasce livre, e o primeiro contato que ele têm ao vir ao mundo é com a natureza exuberante que o cerca. Vocês homens civilizados não. Vocês nascem em caixas (sala do centro cirúrgico ou dentro de quartos quando realizadas por parteiras) e passam a  maior parte de suas vidas dentro dessas caixas (nossas casas). Quando saem para trabalhar, deslocam-se em mais caixas (carros, ônibus, vans) que se locomovem até novas caixas (prédios ou escritórios). É lá que permanecem por grande parte do seu dia. Depois, vocês retornam nessas mesmas caixas até suas caixas-moradas; só então irão descansar e dormir nessas caixas. Repetem essa rotina dia a dia. Então vêm a velhice e vocês um dia morrem... E adivinha para onde vocês vão? Para caixas (caixões ou columbários) onde descansarão por toda a eternidade."  

O significado de "caixa" é um exemplo metafórico de limitação da visão e do movimento. Por exemplo, se você for colocado em uma caixa e fechado lá dentro, o que irá enxergar é tão somente a escuridão e nada mais do que isso. E ainda há o fator espaço. Você irá ter limitações em seus movimentos tanto para cima como para baixo, e também para os lados. Uma caixa é um espaço limitado entre quatro paredes.
Quando o índio disse que nós, pessoas civilizadas, vivemos e morremos dentro de caixas, na verdade ele quis dizer que nosso pensamento é igualmente limitado como o espaço de uma caixa, reflexo dessa nossa vida limitada. O índio, por viver em área aberta, dormir em espaços sem paredes, e em redes artesanais, tem seu pensamento ampliado, abrangente. Não pensa de forma linear como o homem da cidade. Não se sente limitado.

Até então eu nunca havia parado para pensar na vida sob essa perspectiva. Seria isso, talvez,  um reflexo por minha vida toda ter se passado em "caixas"? Pense nisso você também. É claro que não dá para deixar isso tudo de lado e começar uma vida do jeito que o índio vive. Até daria, mas não no meu caso. Creio que isso seja um risco. Mas se algum de vocês optar em seguir essa vida 'selvagem', saiba de suas reais consequências antes de fazê-lo. 

Às vezes eu vivo, do  meu jeito, uma vida sem "caixas", mais ou menos como o índio disse.  Como faço isso? Acho que encontro nos livros a minha própria liberdade. Minha imaginação.
Eu sempre achei que a leitura nos proporcionasse ultrapassar essa mente física e nos movesse través da mente etérea, deixando os pensamentos fluírem naturalmente; bem parecida com a mente de um índio. Lendo a gente dá asas a nossa imaginação, deixa um pouco nossa prisão física de lado, nossas caixas, e nos torna mais inteligentes e traz sabedoria também. 
Ahhh, liberdade! 

Sábios são os nossos índios.