Você sabia que...

"O ator usa a mentira para expressar a verdade. O político usa a mentira para esconder a verdade."







sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Bruxa Interior de Cada Mulher

 
 
 
 

MISOGINIA: palavra que significa aversão ao feminino. 
 
BRUXA:
deriva de witch (inglês) que significa "mulher sábia", "vidente" (anglo-saxão  antigo 'wicce').
E o que essas duas palavras têm em comum?
A mulher. O feminino.


Na idade média houve uma grande perseguição principalmente contra a mulher. Mas isso não foi um mero acaso, foi um plano ardiloso criado pela "santa igreja" com um pérfido propósito: matar mulheres e outros tantos inocentes que iam ao contrário dos propósitos escusos da igreja.

Criaram-se várias leis voltadas a esse intento, sendo no Malleus Maleficarum - 1846 - (Martelo das Feiticeiras) o pior dos escritos misóginos já publicados. Ele continha leis que atacavam diretamente as mulheres e tão  somente ELAS. O Malleus foi criado para que os juízes e inquisidores se baseassem em suas diretrizes quando apontavam seus dedos em direção as "bruxas" e as condenavam a fogueira alegando "purificação das almas". Dizem alguns historiadores que, na época, cada juiz sempre carregava consigo um exemplar do Malleus em seus julgamentos. Era sua segunda bíblia.

Torturas, sadismos e  verdadeiros atos de barbaridade foram cometidos na idade das trevas contra pessoas inocentes e, em especial, contra o feminino. E tudo isso, é verdade, em nome de uma cristã. A igreja não nega essas atrocidades. Até porque está na história e não tem como apagar. Mas ela também não se retrata publicamente assumindo sua mea culpa.

Mas, mesmo diante disso tudo, dessa brutalidade toda, a mulher não pereceu e lutou por seus direitos. Correu atrás do seu espaço como uma verdadeira guerreira que sempre foi (e sempre será). Venceu quase todos preconceitos. Contornou obstáculos. Quebrou grilhões feitos de paradigmas. Lutou até que a última lágrima de suor vertesse de seu rosto, e, por fim, num suspiro de alívio exalado de seu peito abafado ela venceu. Oito de março de 1975 ficou reconhecido como "O Dia Internacional da Mulher" por um decreto lei da ONU. E para quem ainda não sabe, ou se esqueceu como foi que isso aconteceu, bem, foi exatamente no dia 08 de março de 1957 quando um grupo de operárias de uma fábrica em Nova Iorque se reuniu para juntas reivindicarem a equiparação salarial com os homens e tratamento digno no ambiente de trabalho. A resposta foi imediata das autoridades patriarcais: "Repressão e violência contra todas elas". Todas as operárias foram trancafiadas dentro da fábrica e incineradas em seu interior. Estima-se que 130 tecelãs foram mortas carbonizadas. Essas heroínas serviram de exemplo e a Lei foi então criada para que nunca mais acontecesse tal atrocidade por abuso de poder.


Fatos como esse formaram manchas indeléveis na vida de cada família  que viveu o horror do momento. Criaram-se cicatrizes dentro de cada alma viva da época que jamais se apagarão. A tortura, seja ela psicológica ou física, é uma das piores atrocidades que o ser humano pode ter criado.

Mas a mulher finalmente deu o seu grito de liberdade. Pouco, é verdade. Até pelo que ela passou tempos atrás. Merecia ter conquistado muito mais do que conquistou. 
O presente (2012) mostra que o passado ensinou ao futuro uma dura lição. E que a violência jamais foi e jamais será uma forma educacional de se atingir o objetivo final. As mulheres ainda têm muito o que conquistar. E irão conquistar. Elas estão apenas descobrindo pouco a pouco um segredo muito antigo, tão antigo quanto a própria raça humana, que se esconde dentro delas mesmas. Uma força aguardando silenciosa e pacientemente ser requisitada e ressurgir das cinzas como a Ave Fênix. Esse segredo pode estar oculto bem lá no fundo do mais fundo dos buracos da alma humana. Guardado num passado onde exatamente tudo começou. 

Quem sabe uma bruxa possa ajudá-la  a desvendar esse enigma?

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